segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ayahuasca e a confusão do termo "droga"

O problema não está na palavra "droga" em si, mas em seu sentido pejorativo. Se as pessoas usassem essa palavra em seu sentido original (medicamento), não teria problema algum. Mas a palavra droga é usada para designar algo que não presta, perigoso, que deve ser banido e que somente desfruta da simpatia de pessoas más. A divisão entre drogas "lícitas" e "ilícitas" não resolve nada, já que por trás, bem escondido, continua ainda o sentido pejorativo.
Os leigos e ignorantes supôem que todas as substâncias que são designadas pelo nebuloso termo "drogas" são iguais, possuem os mesmos efeitos ou efeitos muitos semelhantes. Desconhecem que os efeitos das múltiplas substâncias existentes na natureza variam enormemente,tanto no nível físico quanto no psíquico, sendo em alguns casos absolutamente opostos. Para eles, o único e melhor estado de consciência é o da consciência ordinária, considerado o estado de mais alta lucidez, discernimento e sobriedade. Ao invés de estudar, preferem esconder-se no desconhecimento e recusam-se a colocar suas crenças à prova.
Os desconhecedores generalizam o uso do termo. Acreditam que todas as "drogas" sejam iguais e tenham efeitos semelhantes. Desconhecem que as diversas substâncias possuem efeitos distintos e até opostos. Todo psicoativo tem um efeito específico e distinto sobre a consciência. Porém, os ignorantes pensam que sabem o que é a consciência, mesmo que sejam incapazes de dar resposta satisfatória ao questionamento do filósofo Chalmers.
O errado é supor que todos os psicoativos sejam bons ou maus. Não há tal coisa. Alguns psicoativos podem ser extremamente perigosos ao homem, tanto física quanto espiritualmente. Outros podem ser sumamente úteis e até necessários. Então a generalização só pode ser coisa de quem não gosta de pensar com cuidado no assunto e não quer se aprofundar.
A palavra "droga" é polissêmica, tem um significado absolutamente impreciso e não dá conta da necessidade de classificar ordenadamente a questão das substâncias psicoativas. Seu significado sofreu muitas alterações ao longo da história, tendo se desvirtuado e perdido sua originalidade. As substâncias psicoativas requerem atualmente uma classificação precisa e livre de ambiguidades e confusões.
O uso do vulgar e impreciso do termo "droga" tem o efeito de atrapalhar o claro entendimento da problemática envolvendo as substâncias que atuam sobre o comportamento e sobre o psiquismo. Tal termo já deveria ter sido substituído por outro mais eficaz há muito tempo, mas não o foi por servir aos interesses daqueles que se beneficiam com a confusão.
Os inimigos da ayahuasca escamoteiam as diferenças entre ela e as drogas. Recusam-se a aprofundar tais diferenças, pois a confusão neste campo lhes é conveniente.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Perguntas importantes

P. Quem são as pessoas que não podem tomar ayahuasca?

R. São as pessoas que não querem ou não são capazes de se submeter às disciplinas e exigências da bebida, bem como as pessoas portadoras de certos transtornos psiquiátricos e certas doenças físicas específicas.

P. A ayahuasca pode curar os viciados em drogas?

R. Depende. Se o viciado está sinceramente tentando se curar e for capaz de se afastar do vício por algum tempo, a ayahuasca lhe dará forças para se libertar. Contudo, se o viciado cometer a loucura de tentar conviver com as duas coisas, sem largar nenhuma, será fulminado cedo ou tarde. Não se pode mesclar o celestial com o infernal impunemente.

P. Por que há pessoas que tomam ayahuasca e passam a acreditar que são Jesus Cristo, Buda ou outros personagens religiosos?

R. Porque não foram instruídas ou não possuem a lucidez suficiente para compreender o que é a verdadeira comunhão das almas no céu e distorcem a experiência.

Nos mundos superiores, a comunhão de almas é tão grande que a individualidade desaparece. Se um personagem religioso ou herói mítico é muito importante para mim, me fusionarei com ele e vivenciarei sua vida como se fosse a minha. Entretanto, esta comunhão se verifica somente lá, nas alturas, e não aqui embaixo. Uma pessoa fraca de entendimento poderá não compreender que sua comunhão foi temporária e, ao retornar, seu ego ordinário se encherá de orgulho e distorcerá a experiência. E a culpa não terá sido da ayahuasca, que somente proporcionou a experiência, mas sim do Ego humano que não foi capaz de assimilá-la e a distorceu.

P. Ayahuasca produz dependência psicológica?

R. É uma pergunta absurda. Não existe dependência psicológica produzida por elementos externos, pois quem produz a dependência psicológica é a própria pessoa. Uma pessoa pode ser dependente da ayahuasca tanto quanto pode ser dependente de carros, de televisão, de roupas de grife. O mecanismo da dependência psicológica é o mesmo. Retire de você alguns objetos dos quais gosta muito e você se descobrira um dependente psicológico daquilo. Ou seja: todas as coisas agradáveis podem ser veículo de uma dependência psicológica, mas quem cria a dependência é o psiquismo da pessoa. Quem foi que te tornou depende psicologicamente da televisão? Foi a televisão ou foi você mesmo?

P. Por que as visões da ayahuasca não são alucinações?

R. Em primeiro lugar, porque, ao contrario do que ocorre nas alucinações, o sujeito da experiência se mantém consciente de que os objetos de suas percepções alteradas não pertencem à realidade tridimensional. Se vejo, sob efeito da ayahuasca, um espírito em forma de jaguar na minha frente, saberei que aquela é uma entidade espiritual e não acreditarei que fugiu de algum zoológico. Os videntes ayahuasqueiros não confundem as almas que percebem com seres físicos, preservam o discernimento. Já o alucinado não possui discernimento. Quem tem uma alucinação com um jaguar, telefonará para o zoológico, pois acreditará que o jaguar é de carne e osso.

Em segundo lugar, porque essas percepções, quando experimentadas coletivamente, muitas vezes coincidem com espantosa riqueza de detalhes.

Em terceiro lugar, porque o conteúdo dessas visões, quando se referem a fatos deste mundo material, pode, muitas vezes, ser verificado e confirmado por outras pessoas de forma independente.

Esses fatos deveriam ser motivos mais que suficientes para se classificar a ayahuasca como uma substancia visionaria misteriosa, distinta dos meros alucinógenos é digna de ser melhor investigada por físicos, filósofos da mente e parapsicólogos.

P. Por que a ayahuasca não é droga?

R. Porque ela proporciona experiências completamente distintas das drogas e porque os efeitos fisiológicos também são diferentes. As ondas cerebrais correspondentes ao estado místico da ayahuasca são muito semelhantes às ondas do estado da meditação e completamente diferentes das ondas dos psicóticos e dos viciados. Se você duvida, que vá estudar e pesquisar este ponto.

É interessante observar que as pessoas qualificam a ayahuasca como droga, mas não a colocam ao lado dos medicamentos, isto é, dão à palavra droga um sentido pejorativo. O motivo são as visões: toda percepção do ultra é considerada, pelos ignorantes, como alucinatória. Para eles, somente a percepção sensorial comum tem status de janela para a realidade. Por que eles não vão estudar um pouco de filosofia da mente e física quântica, antes de se pronunciarem sobre o que não conhecem?

Se você é um desses quimiofóbicos que sentem pavor dos princípios ativos da ayahuasca, sugiro que arranque a glândula pineal do ceu cérebro e também que destrua todos os tecidos do seu corpo físico, pois as betacarbolinas e as triptaminas existem dentro de você. Essas substâncias existem naturalmente nos corpos dos seres humanos e, se fossem realmente tão diabólicas e terríveis como querem fazer parecer, então o melhor mesmo seria que as pessoas parassem de viver...Cuidado! Se apavore! Você contém betacarbolinas e triptaminas em seu corpo!!!!

P. Por que a experiência da ayahuasca não é coisa do Diabo?

R. Porque ela empurra o homem para o bem e não para o mal, cura doenças, proporciona sentimentos intensos de amor a Deus e à humanidade, origina sentimentos intensos de comunhão com a criação, um desejo ardente de unir-se a Deus e de libertar-se dos pecados, dá o arrependimento, promove a revisão da vida e a correção da conduta pecaminosa, além de exigir castidade. Certamente, o Diabo não inspiraria o homem a buscar a Deus, a amá-lO, a entregar-se a Ele. Tampouco inspiraria o homem a se libertar dos pecados.

A ayahuasca proporciona tudo aquilo que vocês, os fanáticos religiosos, sempre buscaram tanto e nunca conseguiram: a castidade verdadeira, o desapego, o desprendimento de Mammom. O vinho das almas permite que se alcance virtudes reais de fato e que se abandone definitivamente as virtudes fingidas e simuladas, tais como aquelas que vós, os fanáticos religiosos, praticais. Vos, os fanáticos, sois fracos e não praticais aquilo que pregais. É por isso que acusais a ayahuasca de ser um presente do Diabo. Saibam que pagarão caro por blasfemarem e atentarem contra a obra de Deus, movidos pela inveja daqueles que verdadeiramente conseguem praticar as virtudes que tanto cobiçais.

P. Por que algumas pessoas ficam apavoradas quando ingerem ayahuasca?

R. Porque não suportam a crua realidade que lhes é revelada.

Não há como dissociar a experiência espiritual da questão da morte. Toda experiência espiritual é, sob algum aspecto, a experiência do destino da alma após esta vida.

Muitas pessoas, ao se depararem com a crua realidade da existência de vários universos paralelos, são tomadas de terror. Este terror é algo intrínseco à natureza delas, não é proporcionado pela ayahuasca. A ayahuasca mostra as outras realidades, ou aspectos normalmente ocultos da realidade, e a pessoa sente o medo por si mesma. É, portanto, o psiquismo particular da pessoa é o responsável pelo medo não a ayahuasca, a qual é somente abre a visão espiritual. É por isso que nem todos sentem o mesmo pavor diante de uma mesma visão.

A ayahuasca não infunde o medo, apenas dá a experiência. É o psiquismo da pessoa que se encarrega de sentir o medo.

P. Quem são os grupos interessados na campanha midiática difamatória que está sendo orquestrada contra a ayahuasca?

R. São os grupos que se sentem diretamente ameaçados por sua difusão na sociedade brasileira. São eles os fanáticos religiosos, os fanáticos materialistas e aqueles que temem o impacto de uma massiva afinidade da população com as questões ambientais e indígenas, além de alguns grupos estrangeiros interessados na patente do produto, é claro...

Os grupos fanáticos religiosos temem perder espaço para o Daime, uma vez que esta bebida proporciona acesso àquilo que eles sempre prometeram aos fiéis e nunca foram capazes de dar-lhes. Os grupos fanáticos materialistas temem a difusão massiva de experiências parapsicológicas, o que faria com que seu ceticismo unilateral caísse em descrédito. Os grupos que tem interesse em desmatar o país e invadir as terras indígenas temem que ocorra um posicionamento em massa da população em favor dos índios e das florestas, pois a ayahuasca proporciona sentimentos de forte comunhão com as culturas xamânicas e com todos os seres da criação.

É curioso que, enquanto no Brasil há uma campanha orquestrada para demonizar a bebida com base em mentiras, fora do Brasil há cada vez mais pesquisas sobre os seus poderes curativos. Houve, inclusive, uma tentativa de patenteamento, por parte de uma empresa norte-americana, que felizmente foi revertida pelos índios. Ou seja, todos esses grupos estão bem articulados entre si, uma vez que seus interesses são convergentes.

Enquanto o Daime for um patrimônio cultural do Brasil, será muito difícil que seja patenteado por alguma empresa estrangeira. É por isso que a campanha difamatória proibicionista aqui dentro do Brasil está sendo vista com bons olhos por aqueles que querem patenteá-la. Se for proibido, o Daime deixará de ser patrimônio cultural da nação, o que obviamente deixará livre o caminho para o patenteamento.

É curioso observar que todos esses grupos ressaltam o que eles chamam de "efeitos negativos" da bebida e sua suposta "similaridade com as drogas", mas escondem, de propósito, seus efeitos positivos, as diferenças desses efeitos em relação aos efeitos das drogas e suas semelhanças com os estados místicos. Escamoteiam intencionalmente tais pontos com intenções evidentes.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Estudos científicos sobre ayahuasca

É triste constatar que muitos brasileiros sejam tão ignorantes a respeito de sua própria cultura e de sua própria flora e que digam todo tipo de asneiras ridículas e mentiras sobre a ayahuasca. O mais grave é que existam muitos jornalistas desinformados, que saem escrevendo por aí que a ayahuasca é algo igual à morfina, à cocaína, ao lsd, ao álcool, à maconha etc.

Bando de ignorantes! Porque não estudam antes de escrever sobre alguma coisa? Porque não comparam o teor das experiências, o estado de consciência, as ondas cerebrais etc. para ver a diferença que há entre a ayahuasca e as drogas?

Vai aqui uma lista de estudos para os ignorantes que detestam a ayahuasca e fazem toda sorte de acusações horríveis contra esta bebida sagrada. Irei postanto mais e mais referências conforme tiver tempo. Se vocês tiverem tempo, postem bastante material sério aqui.

Sugestões bibliográficas para ignorantes e interessados sinceros em aprender sobre ayahuasca:

Budzynsky TH. 1986. Clinical applications of non-drug-induced states. In Handbook of States of Consciousness, Wolman BB, Ullman M (eds.). Van Nostrand Reinhold Co.: New York.

Callaway J C, McKenna DH, Grob CS, Brito GS, Raymon LP, Poland RE, Andrade EN, Andrade EO, Mash DC. 1999. Pharmacology of hoasca alkaloids in healthy humans. Journal of Ethnopharmacology, in press.

Cowan JD. 1993. Alpha-theta brainwave biofeedback: The many possible theoretical reasons for its success. Biofeedback 21 (2), 11-16

Dafters RI, Duffy F, O'Donnell PJ, Bouquet C. 1999. Level of use of 3,4-methylenedioxymethamphetamine (MDMA or Ecstacy) in humans correlates with EEG power and coherence. Psychopharmacology (Berl) 145(1): 82-90.

Don NS, McDonough BE, Moura G, Warren CA, Kawanishi K, Tomita H, Tachibana Y, Böhlke M, Farnsworth NR. 1998. Effects of Ayahuasca on the human EEG. Phytomedicine, Vol. 5(2): 87-96. Fink M. 1976. Effects of acute and chronic inhalation of hashish. Marihuana, and delta 9-tetrahydrocannabinol on brain electrical activity in man: evidence for tissue tolerance. Ann N Y Acad Sci 282: 282-387.

Fink, M. 1978. EEG and psychopharmacology. Contemp. Clin. Neurophys. Suppl. 34: 41-56.

Gamma A, Frei E, Lehmann D, Pascual-Marqui RD, Hell D, Vollenweider FX. 2000. Mood state and brain electric activity in ecstacy users. Neuroreport 11 (1): 157-62

Green E, Green A. Beyond Biofeedback. Dell Publishing Co.: New York 1977.

Grob CS, McKenna DJ, Callaway JC, Brito GS, Neves ES, Oberlaender G, Saide OL, Labigalini E, Tacla C, Miranda CT, Strassmann RJ, Boone KB. 1996. Human psychopharmacology of hoasca, a plant hallucinogen used in ritual context in Brazil. Journal of Nervous and Mental Disease 184: 86-94.

Grob CS. 1999. The psychology of ayahuasca. In: Ayahuasca, Hallucinogens and Consciousness, Metzner R. (ed.). Thunders Mouth: New York, 214-250.

Hoffmann, E. 1998. Mapping the brain's activity after Kriya Yoga. (Scandinavian Yoga and Meditation School. Bindu 12: 10-13. Itil TM. 1968. Electroencephalography and pharmacopsychiatry. Clin. Psychopharmacol. 1: 163-194. 11

Krupitsky EM, Grinenko AY. 1997. Ten year study of ketamine psychedelic therapy (KTP) of alcohol dependence. The Heffter Review of Psychedelic Research. Volume I. The Heffter Research Institute, Santa Fe, NM

Lukas SE, Mendelson JH, Benedikt R. 1995. Electroencephalographic correlates of marihuanainduced euphoria. Drug Alcohol Depend 37 (2): 131-40.

McKenna D, Towers GHN, Abott FS. 1984. Monoamine oxidase inhibitors in South American hallucinogenic plants: Tryptamine and beta-carboline constituents of ayahuasca. Journal of Ethnopharmacology 10:195-223.

McKenna DJ, Grob CS, Callaway JC. 1998. The scientific investigation og Ayahuasca: a review of past and current research. Heffter Review of Psychedelic Research 1: 65-77

Metzner R (ed.) Ayahuasca: Hallucinogens, Consciousness, and the Spirit of Nature. Thunder's Mouth Press: New York 1999,

Morley BJ, Bradley RJ. 1977. Spectral analysis of mouse EEG after the administration of N,Ndimethyltryptamine. Biol Psychiatry 12(6): 757-69.

Peniston EG, Kulkosky PJ. 1989. Alpha-theta brain wave training and beta-endorphin levels in alcoholics. Alcohol Clin Exp Res 13: 271-79.

Ray WJ. 1997. EEG concomitants of hypnotic susceptibility. Int J Clin Exp Hypn 45 (3): 301-13.

Strassman RJ, Qualls CR, Uhlenhuth EH. 1994. Dose-response study of N,N-dimethyltryptamine in humans. II: Subjective effects and preliminary results of a new rating scale. Archives of General Psychiatry 51: 98-108.

Vollenweider FX. 1998. Recent advances and concepts in the search for biological correlates of hallucinogen-induced altered states of consciousness. The Heffter Review of Psychedelic Research.

Volume I. The Heffter Research Institute, Santa Fe, NM

White NE. 1999. Theories of the effectiveness of alpha-theta training for multiple disorders. In Introduction to Quantative EEG and Neurofeedback Evans JR, Abarbanel A (eds.). Academic Press: New York.

Wikler A. 1954. Clinical and electroencephalographic studies on the effects of mescaline, Nallylnormorphine and morphine in man. J. Nervous and Mental Dis. 120: 157-175.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sobre ayahuasca, psicoses e alucinações

A diferença entre alucinações e visões espirituais autênticas

Aqueles que classificam a ayahuasca como alucinógena desconsideram totalmente as peculiaridades qualitativas da experiência mística que ela proporciona, principalmente no que se refere aos sentimentos evocados e ao grau de lucidez e discernimento do que se experimenta. Se estou em uma sala de aula, vejo entre os alunos a alma de um falecido e não a confundo com demais pessoas presentes, tendo plena lucidez de que se trata de "algo" do outro mundo, não posso qualificar tal experiência como alucinatória. Uma alucinação é a percepção (visual, tátil ou auditiva) de algo que não existe neste mundo material mas que o alucinado acredita a ele pertencer. A marca principal da alucinação é a confusão: o doente/viciado enxerga, por exemplo, um monstro dentro de um shopping center e acredita que o mesmo pertença à realidade física, que exista fisicamente, reage à esta percepção como se ela realmente pertencesse ao mundo material. Poderá gritar, alertar a todos, sair correndo, tentar salvar algumas pessoas etc. Isso é uma alucinação, a qual não só difere completamente das percepções espirituais, como lhes é antagônica. Em contrapartida, e do lado oposto, temos a verdadeira experiência espiritual, na qual o sujeito possui plena consciência de que aquilo que está percebendo pertence a outro mundo e não faz nenhuma confusão. Portanto, a percepção alucinatório é marcada pela confusão e a percepção espiritual é marcada pela lucidez, sendo ambas radicalmente opostas. É importante distinguir bem os dois casos pois é justamente este o ponto mais explorado pela mídia, que está se aproveitando da ignorância geral reinante a respeito para difundir a falsa idéia de que a ayahuasca é alucinógena. Ora, em uma alucinação o sujeito não está consciente da verdadeira natureza daquilo que está percebendo, fazendo sempre confusão. O simples fato de haver consciência já faz da percepção alterada algo não-alucinatório, pois uma alucinação é um delírio.
Além disso, os meios de comunicação também estão desviando o olhar do fato de que muitas vezes as percepções sob efeito da ayahuasca são coletivas. Cinco pessoas reunidas em um ritual poderão enxergar um mesmo jaguar, que executa os mesmos movimentos, tem o mesmo tamanho etc. Os opositores dirão que se trata de uma indução. Mas como eles explicariam a correspondência nas riquezas de detalhes, ainda mais quando tais detalhes estão desvinculados dos elementos presentes nos rituais?
Portanto, além de consciente, uma mesma percepção pode ser coletiva. Gostaria que os inimigos da ayahuasca nos apresentassem casos de alucinações coletivas conjuntas em que todos os detalhes são percebidos pelas pessoas de forma rigorosamente idêntica. Mostrem-me um caso desses e eu lhes mostrarei um caso de percepção espiritual verdadeira.
Vemos, assim, que somente leigos é que atribuem caráter alucinógeno à ayahuasca, por desconhecerem o que são estados de consciência e o que são estados místicos. Se, porventura, um estado alucinatório verdadeiro (no qual não há consciência e nem lucidez e sim confusão) ocorrer em uma sessão de ayahuasca, o mesmo será proveniente de um comprometimento prévio da saúde mental do sujeito e não deve ser atribuído à bebida.
Qualquer leigo percebe a diferença entre um louco que fala sozinho, grita e foge de inimigos imaginários e um místico, seja monge, iogue ou xamã, que relata suas percepões do outro mundo.

Distorção de experiências espirituais autênticas

O fato das experiências da ayahuasca serem verdadeiras não significa que o sujeito sempre possa assimilá-las corretamente e nem que todo mundo possa se meter com ela. Experienciar diretamente as realidades de outras dimensões não é algo que todo mundo possa aguentar ou entender.
Nas dimensões superiores da natureza (desta mesma natureza em que vivemos e que percebemos parcialmente, isto é, tridimensionalmente), desaparece progressivamente a distinção entre o eu e o outro e entre sujeito e objeto. Na sétima dimensão, não existe distinção entre um personagem histórico importante e o sujeito experienciante (por isso os religiosos dizem que no céu há comunhão total entre as almas). Uma pessoa despreparada, que repentinamente caia nessas dimensões, poderá vivenciar a si mesmo como um personagem histórico ao qual atribui muita importância e criar grandes confusões. Ao retornar, poderá acreditar que é fisicamente aquele personagem, desconsiderando que esta é uma realidade e aquela é outra. Em outras palavras, nos níveis superiores e profundos da psique, toda pessoa é Buda, Cristo ou qualquer outro herói mítico. No Tibete, para trazer um discípulo, que tenha ido aos céus durante a meditação, de volta à terra, os mestres costumam bater-lhe fortemente com as mãos. Caso contrário, ele terá dificuldades para viver aqui.
Quando uma pessoa despreparada ou incapacitada por debilidades mentais tem um experiência mística verdadeira, a distorce completamente. Em suma: a ayahuasca proporciona a experiência espiritual real e a pessoa se encarrega de distorcê-la. Os motivos pelo qual uma pessoa pode distorcer uma experiência espiritual podem ser resumidos como "fraqueza de entendimento" ou debilidade mental, seja ela oriunda do uso de drogas, de doenças congênitas, de doenças infecciosas, de traumas violentos etc.
Casos como o do assassino de Glauco demonstram, ou a total incapacidade do sujeito assimilar uma experiência mística verdadeira, ou um estado alucinatório provocado por drogas ou por doenças mentais. No primeiro caso, seria uma distorção de uma experiência espiritual verdadeira. No segundo caso, uma mera distorção da realidade física percebida. Em ambos os casos, a confusão não é provocada pela bebida em si, mas pela debilidade mental prévia da pessoa. É por isso que os xamãs não administram ayahuasca a doentes mentais e nem às pessoas que não se submetam às suas rigorosas disciplinas.

Ayahuasca e os paradigmas materialista e religioso

A alucinação se distingue da visão espiritual pelo estado de consciência.
Um estado alucinatório corresponde a um estado psicótico e se distingue de um estado místico. Nenhum estudioso materialista, psiquiatra ou não, esta apto a dar explicações sobre os estados místicos, uma vez que os desconhece em sua essência, chegando mesmo ao ponto de rotulá-los como inerentemente patológicos. Ao considerar as visões espirituais 'alucinações', os materialistas e ateus estão afirmando a inexistência de outras dimensões e de seus respectivos universos paralelos. Estão, portanto, afirmando serem todas as visões espirituais mentirosas. E esse o primeiro motivo pelo qual não deveriam meter seus narizes, opinando sobre a ayahuasca: eles não sabem do que estão falando.
Em segundo lugar, o estado de consciência, durante a experiência mística sob efeito da ayahuasca, permite ao experienciante diferenciar o que pertence ao mundo espiritual daquilo que pertence ao mundo físico-material, discernimento que não se verifica nos estados alucinatórios resultantes das drogas ou de doenças mentais. Quem não conhece a diferença entre uma experiência espiritual verdadeira (consciente) e os efeitos alucinatórios de uma droga ou psicose não possui autoridade alguma para afirmar se um extrato vegetal e alucinógeno e nem, muito menos, deveria ser consultado por autoridades que quisessem deliberar a respeito.
Justamente por proporcionar uma experiência consciente, em que o sujeito consegue discernir o teor extra-fisico do que percebe, e que a ayahuasca deveria ser classificada como algo à parte das drogas. E também pelo mesmo motivo que os especialistas em drogas pouco sabem sobre esta experiência. A experiência espiritual desconcerta quem tenta entendê-la sob uma perspectiva falseante. Tentar entender, sob a perspectiva das drogas, algo que não e uma droga e sim uma substancia misteriosa, e falsear a analise desde o inicio.
A ayahuasca desafia o paradigma materialista, na medida que desencadeia experiências parapsicológicas e ativa percepções extra-sensoriais, mas desagrada também o conservadorismo religioso, uma vez que da acesso a experiências diretas com o mundo espiritual, dispensando a necessidade de crer sem ver. Desafia também os grupos que não querem que uma visão de amor e respeito pela natureza e pelas culturas indígenas se difunda no pais. São essas as forcas que estão por trás da campanha difamatória orquestrada pela mídia.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Samael Aun Weor e os psicoativos

Embora muitos gnósticos não saibam a diferença entre plantas de poder e meras drogas, confundindo enteógenos com simples alucinógenos, o V.M. Samael forneceu bastante informação a respeito, para espanto e desagrado dos fanáticos.

Ao tomarem conhecimento do que havia sido escrito sobre tais plantas, os fanáticos politicamente corretos ficaram escandalizados e horrorizados.

Há muita controvérsia a respeito, já que não falta quem afirme que os livros do V.M. Samael foram adulterados, sendo que, enquanto uns afirmam que as passagens sobre os enteógenos são falsas e foram inseridas por inimigos de sua obra, outros afirmam que as mesmas são verídicas e que foram retiradas por pessoas mal intencionadas. A dúvida poderia ser desfeita tendo-se em mãos os originais, mas ninguém sabe dizer nada consistente a respeito disso.

1. Yagué (Yagé)

"Não são poucos os estudantes que perderam totalmente suas faculdade com os maus hábitos e costumes que tiveram em suas reencarnações passadas. E agora sofrem o indizível porque, apesar de conhecer todas as chaves gnósticas, não conseguem sair conscientemente em Corpo Astral.

Nas selvas do Amazonas e do Putumayo existe uma planta portentosa chamada "Yagué". Os Piachis das tribos tomam esta planta em infusão mesclada com "Guarumo" e saem em Astral. Se um estudante gnóstico que não tenha a faculdade de sair conscientemente em Astral beber esta infusão, instantaneamente logrará o 'desdobramento' consciente. E se a utilizar diariamente durante algum tempo irá adquirir a faculdade de "Astralizarse". Depois, mesmo sem beber a infusão, não a necessitaria, pois se instalaría nele essa faculdade permanentemente." (Logos, Mantram e Teurgia, capítulo 8 - “Saídas Astrais”)

"Os índios do Amazonas utilizam o "Yagué" para despertar a clarividência. Os Aztecas usam o "Peyote", planta mexicana que os índios do norte utilizam para despertar a clarividência momentaneamente. Todas essas plantas conseguem um momentâneo despertar da clarividência, mas a clarividência contínua, transcendental e realmente positiva só se consegue praticando Magia Sexual com a esposa." (Matrimônio Perfeito de Kinder - Capítulo 4 – “As Sete Igrejas”)

"Lá na América do Sul existe o famoso YAGUÉ que nos permite sair em astral. Essa planta só se consegue nas selvas do Amazonas [província da Colômbia que faz fronteira com o estado brasileiro de mesmo nome] ou nas planícies orientais [região dos rios Putumayo, Napo, Caquetá, Waupés e alguns outros]." (A Montanha de Juratena, capítulo 7 – “Os Tempos do Fim”)

Algunas tribus, por ejemplo, de las selvas más profundas en el Amazonas, dan a sus gentes o usan unos brebajes especiales; tales brebajes lo administra el Piache. Éste, por ejemplo, maneja lo que se llama el 'yagué', y lo combina con el guarumo. Cocinan yagué y guarumo en una olla, y el neófito lo beben cuando la Luna está en creciente. Entonces se produce el DESDOBLAMIENTO.

Porque saben muy bien, los Piaches o Sacerdotes-Brujos de esas tribus, que el Astral, está gobernado por la Luna; eso es obvio. Pero muchos Kabalistas suponen que está gobernado por Mercurio y se equivocan (El Quinto Evangelio: Kabala e Eons - conf. “El Mistério Gnóstico de Lúcifer”)

Os guayabo são uma das etnias indígenas da Colômbia que utilizam o yagué mesclado com o guarumo para saída em astral. Entre os povos da amazônia, há uma variedade imensa de combinações de muitas plantas com yagué. Os piachis (xamãs ou pajés) as escolhem conforme as necessidades e o conhecimento requerido corresponde a uma vasta ciência, que demora muito para ser aprendida.

"P: "Y el Yagué, Maestro?"

R: "Pues, el Yagué es demasiado drástico. Para las gentes que viven en el Putumayo y en el Amazonas, por allá en Colombia, es muy difícil de lograr. Quien quiera, verdaderamente, conseguir el Yagué, tiene que internarse en las selvas más profundas, porque el Yagué que está en las ciudades, no es Yagué. Otra clase de plantas, pero no conduce..." (El Quinto Evangelio: Miscelanea de Preguntas - Conf. "Conceptos Gnósticos Transcendentales")

Observe-se que em nenhum momento o Mestre se referiu ao yagué como algo negativo e tenebroso, e nem tampouco como um elemental involutivo vampiresco, como afirmou Karl Bunn.

Ao lerem esses trechos, os fanáticos imediatamente reagiram argumentando que o Mestre não quis dizer o que está evidente ali, mas sim outra coisa...Há neles uma resistência de cunho emocional, oriunda dos conceitos, teorias e idéias que criaram a respeito do que seriam o trabalho interno, os mundos espirituais, a magia etc. e agora, são incapazes de largar tais idéias. Estão apegados às suas concepções mentais, criadas pelas leituras tendenciosas e conferências.

Há uma observação importante a ser feita sobre o uso desta planta: o V.M.S. descreve o seu uso em infusão com as folhas do guarumo (cecropia spp.) e não sua decocção com qualquer outra planta distinta desta última.

Há uma diferença entre a infusão citada (yagué + guarumo) e o Daime, o qual é um decocto de yagué com chacrona. O Daime não é uma infusão pois o cozimento das plantas dura vários dias.

Não confundamos decocto com infusão. O decocto é um extrato aquoso obtido pela fervura ou cozimento da matéria vegetal na água; a infusão é o extrato aquoso obtido da matéria vegetal inserida na água quente, infusão é o mesmo que chá ou o que chamam de "chá abafado". Os livros do Mestre mencionam a infusão e não o cozimento por várias horas, donde se deduz que a concentração dos princípios é baixa e os efeitos são leves. Tenho experimentado essa infusão e constatado que ela não possui nenhum efeito alucinógeno sobre mim, somente facilita a saída em astral.

2. Peyote

"Outra noite, a mais pura, a mais calada... O velho místico aproveitando o sono de seu corpo, abandonou sua envoltura corpórea e se foi aos mundos superiores. Aqui no México nós temos o Peyote, um cactus maravilhoso. Mascando-se este vegetal se desperta a clarividência instantaneamente e então podemos sair em corpo astral com plena consciência.(A Montanha de Juratena, capítulo 7 – “Os Tempos do Fim”)

“En la monografía 4 decimos que el peyote (Lophophora Williamsii Lem) hace que se separen los cuerpos físico y astral y que el neófito no pierda la lucidez de su conciencia en los mundos superiores. El peyote es una pequeña biznaga sin espinas que sobresale de la tierra unos dos centímetros, de color ceniciento y dividida en segmentos cubiertos de pelusa blanca y brillante en cuyo centro brotan pequeñas flores color rojo claro; su raíz es gruesa y oscura. Se da en Querétaro, San Luis Potosí, Sonora, Zacatecas, Nayarit y Coahuila.

Los tlamatinime lo usaban en los templos para iniciar neófitos. Rebanaban la planta y la secaban a la sombra como se secan los orejones de fruta. Preparado por el ayuno, el recogimiento y la oración, el candidato a la ordalía era sentado cómodamente en el templo donde permanecía con los ojos cerrados. Dos rebanadas de peyote, mezcladas y tragadas lentamente por él, bastaban para que cinco minutos después comenzaran a agudizarse sus sentidos y viera luces multicolores.

Su cuerpo se iba haciendo pesado y poco a poco se salía del mismo para dirigirse hacia una gran luz que lo atraía a la vez que una felicidad indescriptible invadía a todo su ser. Después, la gran aventura, aquella de la que habla San Pablo.

‘Conozco a un hombre en Cristo que hace catorce años (si en el cuerpo, no lo sé; si fuera del cuerpo, no lo sé; Dios sabe) fue arrebatado hasta el tercer cielo. Y conozco a tal hombre (si en el cuerpo o fuera del cuerpo, no lo sé; Dios sabe) que fue arrebatado al Paraíso, donde oyó palabras secretas que el hombre no puede revelar.’ (II Corintios 12, 1-4).

En ocasiones el neófito permanecía inconsciente hasta setenta y dos horas, pues, aparte del tiempo de su iniciación, tenía que atraer a sus Maestros la respuesta de algún mensaje que ellos le habían confiado para la jerarquía invisible.” (Magia Cristica Azteca, monografia 16)

“En México, los aztecas usaban los botones del peyote para salir en astral. Dicho cactus abunda mucho en Chihuahua; Desgraciadamente, el peyote que se conoce en el Valle de México no sirve para esto. Quien quiera conseguir el peyote verdadero tiene que buscarlo entre los indios Taumaras, en la Sierra de Chihuahua. Además, debe aprender a tomarlo. Esos indios son los únicos que pueden enseñar a tomar ese cactus. Mucha gente ha perdido su tiempo buscando peyote en el Valle de México; otras personas que han logrado conseguir el cactus del Norte de México no han logrado nada porque no lo saben usar. Ese es el difícil problema del peyote. (Magia Cristica Azteca, cap. 18)

“Durante a colonização espanhola no México, conta−nos a tradição que sacerdotes católicos efetuaram trabalhos de catequese junto aos astecas, falando−lhes de Anjos e Arcanjos. Por sua vez, os Sacerdotes astecas convidaram os sacerdotes católicos para comer. Dizem que os sacerdotes católicos comeram, entre os alimentos, um cacto muito saboroso. Esse cacto despertou momentaneamente a clarividência dos sacerdotes espanhóis. Em seguida, estes viram anjos, arcanjos, etc, etc. O assombro foi terrível e os sacerdotes católicos não sabiam o que fazer. Entretanto, os índios sorrindo diziam: Estes anjos e arcanjos de que nos falais faz muito tempo os conhecemos!

Conta a tradição que os sacerdotes católicos mataram os sacerdotes astecas considerando−os bruxos ou feiticeiros. Não há dúvida que esse cacto tem o poder de despertar instantaneamente a clarividência a quem o come. Esse cacto é o PEYOTL. No Estado do México, não se consegue esse cacto utilizado para.a clarividência. Quem quiser consegui−lo deve buscá−lo em Chihuahua ou em San Luiz Potosi. Deve−se mascar só o peyotl maduro. Quando está seco, não serve.

A Biologia não pode subestimar o Peyotl, nem assegurar em forma dogmática e intransigente que as percepções sejam alucinações. Assim, os primeiros sábios que puderam ver os micróbios com o microscópio tinham assegurado que esses micróbios não existiam e que o que viam através da lente eram alucinações. Então, ainda a estas horas da vida ignoraríamos a existência dos micróbios. Necessitamos ser menos dogmáticos, necessitamos ser mais estudiosos e ecléticos, mais didáticos. A glândula pituitária segrega sete classes de hormônios. O valor da glândula pituitária na obstetrícia é também incalculável.” (Tratado Esotérico de Endocrinologia e Criminologia – cap. 2 – “A Glândula Pituitária”)

“O Peyotl é um cacto mexicano que permite produzir o desdobramento da personalidade humana. Com o Peyotl todo ser humano pode sair conscientemente em corpo astral. Esse cacto não tem espinhos, possui flores de cores rosa ou branco rosado e frutos rosa−pálidos. Os antigos mexicanos astecas adoravam o Peyotl como uma planta sagrada. A casca deste cacto é muito lisa e tem de cinco a doze lados que se separam entre si por linhas formosas de dedos cheios de beleza. O nome científico do Peyotl é Anhalonium williamsil e serve para o desdobramento da personalidade humana e não o encontramos na capital mexicana. Aquele que quiser encontrar o legítimo Peyotl terá de buscá−lo em Chihuahua, entre os índios taumaras, ou em San Luiz de Potosi, norte do México. Deve−se mascar essa planta quando estiver madura e muito fresca, porém se está seca não serve. Nos instantes de estar mascando este cacto, o discípulo deverá estar concentrado em seu próprio Íntimo, o seu Ser Interno, assumindo naqueles instantes uma atitude mística. Recordemos que o nosso Ser Interno é o próprio Deus, e devemos adormecer concentrados no Deus Interno. O resultado disto será o desdobramento. Saindo em corpo astral é como poderemos ver, ouvir e tocar as coisas do Ultra da Natureza. O Peyotl não produz alucinações como crêem os ignorantes. O intelectual não aceita jamais esses conceitos sem base científica, mesmo sabendo que existe uma quarta dimensão. Isto todo homem culto sabe. A ciência demonstrou que a percepção de nossos cinco sentidos é muito limitada. Além do vermelho está toda a gama do infravermelho, por cima do violeta está toda a gama. Isto a ciência não ignora. A perda da elasticidade do cristalino impede que a imagem se forme na retina. Isto é o que se chama de mal enfocamento. Realmente ninguém percebe o objeto em si mesmo, senão tão só a imagem do objeto. A presbitia (vista cansada), impede−nos de ver a imagem de um objeto próximo. A miopia impede−nos de ver a imagem de um objeto distante. Existe também o Daltonismo, que é a inflamação da retina que provoca confusão de cores. O olho humano percebe somente imagens sensíveis. Isso é tudo.

Existem também imagens supra-sensíveis no ultra e sentidos especiais para perceber essas imagens Com o Peyotl esses sentidos entram em atividade e percebemos as imagens do Ultra. Se essas imagens do Ultra fossem alucinações como dizem os ignorantes, então as imagens sensíveis que se formam na retina também seriam alucinações. Necessitamos sair do materialismo do século 17 e sermos mais analíticos, menos dogmáticos e mais didáticos.

A matéria é energia condensada em distintos estados. Existem massas cujos graus de vibração energética é tão rápida que escapa da percepção de nossos cinco sentidos. E há massas cujo grau de vibração é tão lento que estão abaixo dos limites de nossa percepção sensorial. Por cima e por baixo dos limites de percepção sensorial externa há massas físicas que o ser humano não alcança com sua percepção normal. Com os poderes de nosso corpo astral podemos perceber outras dimensões do Universo e da vida. O poder do Peyotl de colocar em atividade, ainda que momentaneamente, essas maravilhosas faculdades permite−nos investigar a quarta dimensão da Natureza.” (Tratado Esotérico de Endocrinologia e Criminologia – cap. 13 – “A Próstata”)

"PERGUNTA: "Usted habló alguna vez del “Peyote”, y también el Maestro Huiracocha, precisamente como ayuda en estos casos de desdoblamiento."

RESPOSTA: "El PEYOTE ES MUY DIFERENTE. El coopera, sí con la Meditación, no forma hábito de ninguna especie. Es muy exigente: Hay que TENER CASTIDAD; en modo alguno ayudaría el Peyote, por ejemplo, a los lujuriosos. El tiene sus reglas. El Maestro Huiracocha habla sobre el Peyote. Cuenta cómo el Maestro Rasmussen, dentro del Templo de Chapultepec, lo utilizó para provocar un desdoblamiento...

ES LA ÚNICA PLANTA RECOMENDABLE, pero ESO ES PARA LOS HOMBRES CASTOS, y a condición de no abusar de él. Un estudiante que quiso usarlo por tercera vez, después de haber recibido varias instrucciones, fue llamado al orden por los Señores del Karma, se le prohibió continuar con él, dijéramos, abusar de él, para ser más claro. Así, pues, el Peyote es útil, pero hay que SABERLO USAR, NO ABUSAR DE ÉL jamás. En cuando a las demás drogas, no diré nada...

Al Peyote no lo podemos considerar droga; es una planta inofensiva que no forma hábito de ninguna especie y que solamente coopera con la Meditación, cuando se sabe meditar. Alguien podría consumir un kilo Peyote y no tener ningún resultado; otro podría mascar un pedacito, unos cuantos gramos, y obtener un resultado extraordinario. El todo está en que se sepa meditar. Él coopera con el que sabe meditar y con el que es casto de verdad. Pero como eso no se consigue por allá, en otros países, naturalmente no podríamos en modo alguno recomendarlo, porque, ¿cómo?, si en los países de Sur América no se consigue y en los de Centro América tampoco. Aquí en México se consigue, pero con dificultad." (El quinto Evangelio: Miscelanea de Preguntas - Conf. "Conceptos Gnósticos Transcendentales")

"Los aztecas usaban el peyote para enseñar a los neófitos a salir en cuerpo astral. No recomendamos el uso de esta planta maravillosa que hace que se separe el cuerpo astral del físico y que quién la toma conserve la lucidez de su conciencia mientras actúa en astral. Recomendamos, sí, práctica, mucha práctica, y pronto usted actuará y viajará en cuerpo astral." (Magia Crística Azteca, monografia 4)

Reparem que o motivo do V.M.Samael não recomendar o peyote é sua dificuldade em ser obtido fora do México e não porque ele seja prejudicial ou proibido, como quiseram dar a entender os fanáticos. Além disso há restrições claras: trata-se de algo sagrado e aqueles que abusam estão infringindo a Lei Divina. Pelo que podemos depreender do texto, "abusar" seria usá-lo sem ter as condições espirituais necessárias para fazê-lo, principalmente no que concerne à castidade, e também usá-lo além da conta, sem necessidade, como foi o caso do estudante gnóstico citado. O referido estudante já havia recebido as necessárias instruções e ainda assim tentou usá-lo mais uma vez, sendo então advertido pela Grande Lei para não usá-lo mais. O peyote não é uma muleta e a pessoa não deve se escorar nele. Uma vez recebidas as instruções necessárias sobre como meditar e sair em astral, a pessoa não deve usá-lo mais. Usar o peyote além da conta é abusar do mesmo. Um fornicário que use o peyote também estará abusando. O estudante citado pelo Mestre não teve permissão para usá-lo mais de três vezes porque, naquele caso, seria um abuso. Entretanto, como está claro no texto, isso depende da condição espiritual da pessoa. Para alguns, o limite pode ser duas vezes, uma vez, cinco vezes, dez vezes...de acordo com o grau de castidade e instrução que a pessoa tenha. Um homem verdadeiramente casto não necessariamente teria que usá-lo somente três vezes, como pensa Karl Bunn. Não há, no texto, menção alguma à generalização do número de vezes permitido.

O que é proibido é o abuso e não o uso correto do peyote. De acordo com o texto, ele é proibido aos fornicários, aos luxuriosos e a todos aqueles que ainda não conseguiram a verdadeira castidade. Acrescente-se que o Venerável Mestre jamais incentivaria alguém a transgredir as leis do seu país. Sendo o peyote proibido em vários países, entendo que não poderia ser recomendado como sacramento a todos os gnósticos do mundo.

Entretanto, o simples fato do peyote, e também do yagué, exigirem castidade e castigarem os fornicários com "bad trips", já deveria ser mais que suficiente para que pseudo-gnósticos fanáticos não blasfemassem contra essas planta sagradas da Venerável Loja Branca. Ainda assim, alguns teimam e insistem, pois querem ser "certinhos", isto é, politicamente corretos. Não são, de modo algum, os rebeldes que fingem ser. Acontece que muitos não imaginam que o desenvolvimento espiritual do homem se dá dentro da natureza, e não fora dela, já que o homem e o super-homem são reis dos elementos naturais. Para eles, a gnosis seria algo fora da natureza.

3. Cogumelos e fungos

Esta me parece ser a parte mais polêmica, visto que ora o mestre parece considerá-los prejudiciais e ora parece considerá-los benéficos:

" ‘Si oyeres atentamente la voz de Jehová tu Dios, hicieras lo recto delante de sus ojos, dieres oído a sus mandamientos y guardares todos los estatutos, ninguna enfermedad de las que envíe a los egipcios te enviará a ti, porque yo soy Jehová, tú sanador’. (Éxodo 15,26)

‘El origen de todos los sufrimientos humanos hay que buscarlo en el pecado’, enseñaban los tlamatinime. El justo es invulnerable al mal.

En el templado clima de la montañosa Huautla de Jiménez, Oaxaca, donde todo el año llueve, se dan los hongos alucinantes. Los Nahuas los usaban para descubrir el origen de las enfermedades. La dosis no debía pasar de cuatro hongos. Bajo el influjo de los mismos, el enfermo caía en el sueño del templo durante el cual su mente subjetiva se replegaba y su mente subconsciente quedaba lista para la catarsis. Entonces el Maestro interrogaba al enfermo haciéndole preguntas regresivas: ¿Qué está haciendo en estos momentos? ¿Qué hiciste ayer? ¿Qué la semana pasada? ¿Qué hace un año? Paulatinamente el enfermo iba revelando sus conflictos interiores, sus angustias más íntimas; sin omitir detalle confesaba lo inconfesable. Con la confesión de los sucesos que lo turbaron en su infancia iba aflorando a sus labios el pecado, la verdadera causa del mal.

Muchas veces el origen del mal no era el pecado sino el maleficio. Entonces, el Maestro empleaba el mandato seguido de la inefable palabra que pronunciaba tan quedo que parecía un susurro. Pero, si se trataba de un pecado, imponía al enfermo que demandara humildemente el perdón de su víctima, la reparación del mal, la oración y el servicio para con sus semejantes.

El efecto de los hongos alucinantes dura unas seis o siete horas. Al despertar el enfermo no se acuerda absolutamente de nada pero despierta eufórico, galvanizado aun por la belleza que después de su confesión experimenta en los mundos superiores. Su convalecencia es lenta y durante la misma debe observar completa castidad. Por ningún motivo su régimen alimenticio alternará con las golosinas, obsequio de sus familiares o amigos.” (Magia Cristica Azteca, monografia 16)

Aqui vemos uma interessante contradição com o que é dito em "A Grande Rebelião". Lá, o mestre condena os fungos alucinógenos e aqui não o faz. Note-se, entretanto, que aqui o V.M.Samael está se referindo aos cogumelos mexicanos usados pelos astecas (do gênero psylocibe, portanto), os quais possuem um tipo de triptamina, e não aos cogumelos asiáticos dos gêneros amanita ou claviceps.

Gostaria de acrescentar que Oaxaca é a mesma região onde os xamãs utilizam a Salvia Divinorum, modalidade de sálvia a qual o Mestre parece nunca ter se referido (embora se refira às sálvias em geral).

Já o L.S.D. é considerado pelo Mestre inequivocamente prejudicial:

"P.- ¿Existen algunas plantas estimulantes, como la marihuana, que sirven para alcanzar el desdoblamiento, por ejemplo, en forma más rápida?

R.- Los elementos de las drogas resultan perjudiciales. Téngase en cuenta que la marihuana y muchas otras drogas, son subjetivas ciento por ciento. Es cierto que mediante las fuerzas de los hongos alucinantes, del LSD (ácido lisérgico), etc., se consiguen, dijéramos, desdoblamientos, sí, pero son de tipo subjetivo e inhumano, se procesan en las infradimensiones de la Naturaleza y del Cosmos, no conducen a la auténtica iluminación objetiva trascendental. Son, pues, un fracaso." (La Sabiduria del Ser)

Como o L.S.D. é derivado do fungo Claviceps purpurea (também chamado "esporão do centeio"), depreende-se então que este fungo é prejudicial, assim como a marijuana e certas plantas das quais o L.S.D. pode ser extraído.

É interessante notar que tanto o Amanita muscaria quanto o Claviceps purpurea não contém triptaminas e sim outras substâncias.

4. Coca e embaúba

“El plano astral es, realmente, el plano de la magia práctica. En los llanos orientales, en el país sudamericano de Colombia, los indios saben entrar en este plano a voluntad. Ellos mezclan cenizas del árbol llamado Guarumo con hojas de coca bien molida. Después, mascan dicha mezcla vegetal ritualmente estado en posición de cuclillas (esta es la posición de las huacas peruanas).

Las sustancias vegetales de estas dos plantas tienen el poder de producir el éxtasis de estos nativos indígenas.

Liturgia

Embriagados por el éxtasis (Shamadi), estos indígenas se colocan personalmente en forma ordenada. Establecen dos círculos, el interno y el externo; el primero es de hombres; el segundo de mujeres.

Los pasos rituales son muy interesantes. Hombres y mujeres dan un paso místico hacia adelante en forma acompasada y otro hacia atrás. Danzan, cantan exóticos sones, canciones inefables de selva profunda. La liturgia de la vorágine misteriosa dura muchas horas. El alma se siente transportada a un paraíso inefable, a los tiempos de la antigua Arcadia, cuando se le rendía culto a los dioses inefables del fuego, del aire, del agua y de la tierra. Los cantos de la selva se confunden con el sonido simpático de los cascabeles que penden como flores de los bastones que los nativos usan durante su liturgia. Esos sonidos de naturales cascabeles vegetales son semejantes al canto de los grillos en el bosque o al típico sonido que la serpiente cascabel produce. Esto nos recuerda a la "sutil voz", a la Palabra Perdida con la cual todo mago aprende a salir en cuerpo astral instantáneamente.

La fiesta es intensa y la liturgia muy solemne. Pasan las horas y al fin los indios caen en sus chinchorros (hamacas) que les sirven de cama. En ese solemne instante se salen del cuerpo físico a voluntad, se desdoblan, se transportan en cuerpo astral a donde quieren.” (Magia Cristica Azteca, cap. 18)

Os indígenas e mestiços da Colombia, Bolívia, Equador e Peru mesclam cinzas de coca não somente com guarumo, mas com muitas outras plantas.

“Ajenjo (flores y cogollos), manzanilla (flores), Quina (corteza), Coca (hojas), Hinojo (semillas), Toronjil (hojas), Perejil.

Todo esto se toma en cocimiento, infusión o maceración, y cualquiera de estas plantas tiene el poder de estimular y aumentar las fuerzas vitales del organismo.” (Tratado de Medicina Oculta y Magia Practica - Tercera Parte: Plantas y sus poderes mágicos – subtítulo “Plantas Reconstituyentes”)

“ ‘Y la palabra de Jehová fue a mí diciendo: "¿Qué ves tú, Jeremías? Y dije: Yo veo una vara de almendro".

Y díjome Jehová: "Bien has visto; porque yo apresuro mi palabra para ponerla por obra’. (Vers. 11 y 12, Cáp. 1; JEREMÍAS)

Al estudiar nosotros estos simbólicos versículos del profeta Jeremías, encontramos que la vara del almendro representa la vara del mago. En su aspecto puramente vegetal, la vara del almendro encubre un secreto vegetal que Jeremías no quiso descubrir a los profanos. Detrás de la vara del almendro, se esconde el "JAYO" (coca).

Esta planta maravillosa, sirve para salir en cuerpo astral. El Mantram del Jayo es: "BOYA-BOYA-BOYA".

Existe una fórmula secreta para preparar con el Jayo una pócima que permite al mago salir en cuerpo astral. Tendré buen cuidado de no divulgar esa fórmula sagrada, porque la humanidad no está preparada para recibirla.

Seyirino, padre del Jayo, es un gran Maestro del Rayo Maya. El elemental del Jayo, con su cuerpo de oro puro, y sus hermosas vestiduras, parece una doncella de extraordinaria belleza.

En la antigua Roma de los Césares, los magos romanos usábamos mucho el Jayo para nuestros grandes trabajos de magia práctica. (Tratado de Medicina Oculta – Tercera Parte: “Magia Elemental del Jayo”)

Observe-se que o V.M Samael não está aconselhando o uso da cocaína e sim descrevendo o uso e efeito da planta da coca, a qual é parte da tradição indígena e mestiça da Colômbia e do Peru. A planta da coca não possui somente o alcalóide cocaína. Possui muitas outras substâncias cujos efeitos se equilibram, se reforçam e se atenuam mutuamente, em uma combinação específica que difere totalmente da droga ilícita. Enquanto a cocaína debilita a vitalitade do organismo, o cozimento, a infusão ou a maceração da coca a aumenta.

É claro que o uso da coca somente se justifica em países onde ela não é proibida. Em outros países, temos que usar outras plantas.

5. Óxido Nitroso e Éter

Para deixar os fanáticos ainda mais incomodados, vão aqui algumas palavras do Mestre sobre outros dois psicoativos:

“Os sete estados místicos descritos pelos Sufis são algo extraordinário. Existem certas substâncias químicas muito relacionadas com os estados místicos, o óxido nitroso e o éter, especialmente o óxido nitroso; quando se dissolvem suficientemente com o ar, estimulam a consciência mística em alto grau.” (O Matrimônio Perfeito – Capítulo “A Fatalidade”)

As duas substãncias citadas aqui não são de origem vegetal, o que desbanca a idéia de que somente as substâncias vegetais seriam favoráveis.

6. Papoula e ópio

"Velhas tradições arcaicas dizem que o conhecimento relativo à sagrada Heptaparaparshinokh (a Lei do Sete), foi revivido muitos séculos depois da catástrofe da Atlântida, por dois santos irmãos iniciados chamados Choon-kil-tez e Choon-tro-pel, os quais atualmente encontram-se no Planeta Purgatório, preparando-se para entrar no Absoluto.

Em linguagem oriental se diz que o Planeta Purgatório é a região de Atala, a primeira emanação do Absoluto.

Estes dois santos eram irmãos gêmeos. O avô destes dois iniciados foi o Rei Koniutzion quem governou sabiamente o antiqüíssimo país asiático chamado naquela época Maralpleicie.

O avô Rei Koniutzion descendia de um sábio iniciado atlante, membro distinto da Sociedade de Akhaldam, sociedade de sábios que existiu na submersa Atlântida antes da segunda catástrofe Transapalniana.

Os dois sábios irmãos santos viveram os primeiros anos de sua vida na arcaica cidade de Gob, no país chamado Maralpleicie, porém tempos depois se refugiaram nesse país que mais tarde se chamou China.

Os dois irmãos iniciados viram-se obrigados a emigrar, saindo de sua terra natal quando as areias começaram a sepultá-la. Gob foi sepultada pelas areias e hoje esse lugar é o deserto de Gobi.

Os dois irmãos, em princípio, só se especializaram em medicina. Porém, depois se tornaram grandes sábios e viveram no lugar que mais tarde se chamou China.

Coube a estes irmãos iniciados a alta honra de haverem sido os primeiros investigadores do ópio. Os dois irmãos descobriram que o ópio consiste em sete cristalizações independentes subjetivas com propriedades bem definidas.

Com trabalhos posteriores, demonstraram que cada uma destas sete cristalizações independentes consistia, por sua vez, em outras sete propriedades ou cristalizações subjetivas independentes e estas, por sua vez, em outras sete e assim sucessiva e indefinidamente.

Puderam comprovar que existe íntima afinidade entre a música e a cor. Por exemplo, um raio colorido correspondente dirigido sobre qualquer elemento do ópio transformava-o em outro elemento ativo.

Obtinha-se o mesmo resultado se, em lugar de raios coloridos, dirigiam-se as correspondentes vibrações sonoras das cordas de um instrumento musical conhecido naquela época com o nome de Dzendveokh.

Verificou-se cientificamente que se fizermos passar qualquer raio colorido através de qualquer elemento ativo do ópio, este mesmo raio toma outra cor, a saber, a cor cujas vibrações correspondem às vibrações do elemento ativo.

Ao se fazer passar qualquer raio colorido através das vibrações das ondas sonoras das cordas do Dzendveokh, aquele toma outra cor correspondente às vibrações manifestadas por meio da corda dada.

O ópio é retirado a partir do látex encontrado nas cápsulas que não atingiram a maturação

O Dzendveokh foi um aparelho de música formidável, com o qual se logrou verificar o poder das notas musicais sobre o ópio e em geral sobre todo o criado.

Se um raio colorido definido e vibrações sonoras definidas com inteira exatidão fossem dirigidos sobre qualquer elemento ativo do ópio, escolhido entre os que possuíam menor número de vibrações que a totalidade das vibrações do raio colorido e o mencionado som, o elemento ativo do ópio se transformava em outro elemento ativo do ópio.

É interessante saber que as sete cristalizações subjetivas do ópio se correspondem a outras sete e estas a outras sete e assim sucessivamente.

É também interessante saber que a escala musical setenária se corresponde com as setenárias cristalizações subjetivas do ópio.

Muitas experiências comprovaram que a cada classificação setenária subjetiva do ópio, correspondem escalas setenárias subjetivas do subconsciente humano.

Se a música pode agir sobre as cristalizações setenárias do ópio, é lógico pensar que também pode agir sobre as correspondentes classificações setenárias subjetivas do homem.

O ópio é maravilhoso, pois capta todas as potentes vibrações do Protocosmo inefável. Desgraçadamente, as pessoas têm utilizado o ópio de forma daninha e prejudicial para o organismo. São muitos aqueles que empregaram o ópio para fortalecer as propriedades tenebrosas do abominável órgão Kundartiguador.

Muitos séculos depois do sagrado Rascooarno (morte), dos irmãos santos, houve um Rei muito sábio que, baseando-se nas mesmas teorias dos dois iniciados mencionados, construiu um instrumento musical chamado Lav-merz-nokh, com o qual pôde verificar muitas maravilhas relacionadas com a música.

O maravilhoso de tal aparelho musical é que tinha quarenta e nove cordas, sete vezes sete, correspondentes às sete vezes sete manifestações da energia universal.

Este aparelho foi formidável, tinha sete oitavas musicais que estavam relacionadas com as sete vezes sete formas de energia cósmica. Assim foi como a raça humana daquela época conheceu em carne e osso o Hanziano Sagrado, o som Nirioonissiano do mundo.

Todas as substâncias cósmicas que surgem de sete fontes independentes, estão saturadas pela totalidade de vibrações sonoras que o mencionado aparelho de música podia fazer ressoar no espaço.

Não esqueçamos jamais de que nosso Universo está constituído por sete dimensões e que cada uma destas tem subplanos ou regiões.

O aparelho musical construído pelo Rei Too-toz, fazia vibrar intensamente todas as sete dimensões e todas as quarenta e nove regiões energéticas.

Atualmente, já temos música revolucionária formidável e maravilhosa, baseada no Som 13, mas necessitamos com urgência de aparelhos de música como o do Rei Too-toz.

Necessitamos vivificar as vibrações do som Nirioonissiano do nosso mundo para vivificar as fontes cósmicas das substâncias universais e iniciar com êxito uma nova era. O mundo foi criado com a música, com o verbo e devemos sustentá-lo e revitalizá-lo com a música, com o verbo.

A santa Lei sagrada do Heptaparaparshinokh serve de fundamento a toda a setenária escala musical.

É urgente que todos os irmãos Gnósticos compreendam a necessidade de estudar música. É urgente que todos os irmãos Gnósticos cantem sempre as cinco vogais:

I… E… O… U… A…" (Música, Meditação e Iluminação. Mensagem de Natal de 1965, cap. 1, "A Música")

7. Brugmansia, Floripôndio, Saia Branca ou Corneta de Anjo

"O elemental do floripôndio é um mago completo, é netuniano e tem poderes terríveis. Visto clarividentemente, ele se parece com um menino de 12 anos e mantém em sua mão a vara do mago.

Cada árvore tem seu correspondente elemental, o qual deve ser utilizado por aqueles que quiserem sair conscientemente em corpo astral. Eu usava o elemental desta árvore frequentemente para ensinar meus discípulos a sair em corpo astral. Digo que usava porque estou me referindo a tempos antigos.

Maneira de Proceder

Eu pegava uma vara da própria árvore com a qual traçava ao redor dela um círculo bem amplo no chão, esmagava as flores da árvore e untava com o suco o cérebro do discípulo. O discípulo deitado em seu leito adormecia e eu dava ordens ao elemental para que o tirasse fora do corpo físico. Estas ordens iam acompanhadas do mantra da planta: KAM, o qual se pronuncia alongando o som das duas últimas letras. Assim:

KAAAAAAAMMMMMMM

Os discípulos gnósticos de hoje devem aproveitar os poderes deste elemental para aprender a sair em corpo astral conscientemente.

A maneira de proceder é a que ensinamos no parágrafo anterior. Quando se ordenar ao elemental, fale-se imperiosamente assim:

Quando eu te chamar, concorrerás sempre. Eu preciso que me tires do corpo Físíco em corpo astral sempre que te ordenar.

Posteriormerite, o discípulo picará o dedo da mão com um alfinete, fará uma incisão na árvore com uma faca e nela depositará seu sangue. Desta forma, o pacto com o gênio do floripôndio estará formalizado.

“Escreve com sangue e aprenderás que o sangue é espírito.” ( Nietzsche)

“Este é um fluido muito peculiar.” ( Goethe ).

Em seguida, o discípulo cortará alguns de seus cabelos e os pendurará na árvore. Colherá algumas pétalas das flores, colocará em uma bolsinha e a pendurará no pescoço como talismã. A partir desse momento, o discípulo terá a seu serviço este humilde elemental que sempre atenderá ao seu chamado. Quando o discípulo quiser sair em corpo astral, adormecerá em seu leito pronunciando o mantram da árvore e, com a mente concentrada nesse gênio elemental, o chamará mentalmente, rogando-lhe que o tire em corpo astral. Nesse estado de transição entre o sono e a vigília, o elemental do floripôndio o tirará de seu corpo físico levando-o aos lugares anelados.

Cada vez que puder, o discípulo deve visitar a árvore, regá-la com água, abençoá-la e colher as flores que utilizará quando melhor lhe agrade. Já dissemos antes que se esmagam essas flores com uma pedra para delas se extrair o sumo, o qual se aplirará no cérebro a fim de sair em corpo astral. Convém advertir que a aplicação do suco se efetua na hora de se deitar, quando o discípulo vai se entregar ao sono. Quando não se tiver as flores à mão, o discípulo sempre poderá invocar seu servidor elemental para que o tire em corpo astral.

Este elemental tem tamhém poder para tornar alguém invisível. Quando o discípulo quer se tornar invisível, pronuncia o mantra KAM, chama seu servidor e roga-lhe que o faça invisível, e ele atenderá.

Em tempos anteriores, quando eu queria ficar invisível, esmagava as flores, como aliás já expliquei, aplicava o sumo nas juntas do corpo e rogava ao elemental para que me fizesse invisível. Não obstante, advertimos que o discípulo precisa primeiro superar o corpo.

Antigamente, o homem vivia no seio da Mãe Natureza e todos os poderes da bendita Deusa Mãe do Mundo ressoavam vigo-rosamente em suas caixas de rossonância e se expressavam através de todos seus chacras com a grandiosa euforia do universo. Hoje em dia, o corpo humano está completamente desadaptado e as potentes ondas do universo não podem se expressar através dele. Toca-nos ajustar novamente o corpo ao seio da bendita Deusa Mãe do Mundo.

Toca-nos limpar este maravilhoso organismo e preparar o corpo para que se converta outra vez em uma caixa de ressonância da natureza. O discípulo invocará diariamente as sete potências com o poderoso mantra MUERISIRANCA. Rogará para que lhe preparem o corpo para o exercício da magia prática. Deverá ser também bastante tenaz e perseverante, ano após ano, invocando diariamente as sete potências para que preparem o corpo. O corpo de um mago tem uma tonalidade vibratória diferente da dos demais corpos da espécie humana.

O artista jamais executará com êxito as suas melodias, por melhor que seja seu instrumento musical, se este não estiver devidamente afinado. A mesma coisa acontece como corpo humano do mago, o qual precisa afinar seu maravilhoso organismo para poder executar com plenitude seus grandes trabalhos de magia prática.

O sumo das flores do floripôndio, aplicado nas articulações, serve para dar agilidade aos músculos." (Tratado de Medicina Oculta)

Note-se que o Mestre não orientava o discípulo a tomar o chá da planta, somente untava a cabeça do mesmo com o suco das flores. Portanto, aqueles que usarem este texto como desculpa para tomar o chá estará agindo indevidamente. É claro que, se a pessoa passar o suco das flores na testa, irá absorve uma pequena quantidade dos alcalóides pela pele.

Outras plantas

O V.M. Samael ainda menciona o zimbro e o olíbano, o qual diz ser preferível ao tabaco para ser fumado. Também cita, sem recomendar (mas também sem contra-indicar) uma bebida feita pelos índios da Serra Nevada e que tem o poder despertar a clarividência intantaneamente.

Conclusão

O V.M. Samael não contra-indica os verdadeiros enteógenos, mas é radical com relação aos abusos e usos por pessoas indevidas. Nunca se referiu aos mesmos como algo negativo, tenebroso ou prejudicial como se referia às drogas, mas alerta aos incautos que não se metam onde não devem.

Um dos argumentos principais dos pseudo-gnósticos fanáticos é o de que os enteógenos deixariam as pessoas dependentes dos mesmos para meditar ou sair em astral, demonstrando com isso uma ignorância ainda mais profunda pois o que estas plantas fazem é ensinar (são plantas mestras). Desconhecem eles que as doses vão sendo diminuídas, e não aumentadas, à medida que a aprendizagem vai avançando. A pessoa viciada em tais plantas é a única responsável por seu vício e não as pobres plantas em si.

Para reforçar o absurdo, tive a oportunidade de ler outro dia, no site "Gnósticos de Aquário" (http://gnosesamaelgnosisgnosticos.blogspot.com/2009/10/sobre-as-plantas-peyote-e-yage.html) , a afirmação de que nenhum mestre da Loja Branca é xamã, ou seja, para eles, todos os xamãs são adormecidos ou magos negros. Se estudassem um pouco mais, saberiam que há xamãs da luz e xamãs das trevas. O V.M.Samael afirma que o peyote é para os homens autênticos, o que indica claramente que há xamãs do peyotismo que possuem os corpos solares. Além disso, ousariam esses ignorantes afirmar que não existem xamãs totalmente despertos que pertencem ao raio maia, mestres autênticos e imortais? E os mamas do alto da Serra Nevada, por acaso são o que, senão xamãs?

Há também nos livros, principalmente em "Tratado de Medicina Oculta" vasta referência ao uso de plantas na forma de incenso, defumadores e infusões, com o intuito de ressaltar o estado místico. Um número imenso de plantas "comuns" possuem efeito psicoativo em certas doses.

A verdade parece ser a seguinte: o Mestre Samael diferencia as substâncias e plantas que nos levam para baixo, tais como o ópio, o álcool, o LSD e a maconha, daquelas que nos levam para cima, tais como o yagué, o peyote, o zimbro, e éter, o óxido nitroso, o psilocibe e outros. Algumas plantas nos levam ao abismo e nos colocam em contato com o que há de pior em nós, enquanto outras fazem o contrário. Os psicoativos podem favorecer ou prejudicar, depende do tipo de substância empregada e do uso que se faça. É por isso que, sob o efeito das drogas, as pessoas se sentem inspiradas para fornicar e cometer crimes. e, sob efeito dos verdadeiros enteógenos, as pessoas se voltam para Deus e para a espiritualidade, sentido-se inspiradas para praticar a castidade, para orar e emocionando-se com toda a criação. Como os fanáticos não gostam de estudar, preferem dar um jeito de forçar a barra para encaixar suas teorias anti-enteogênicas no conteúdo dos livros.

É claro que um enteógeno verdadeiro não se define simplesmente por ser uma planta psicoativa. A marijuana, por exemplo, é uma planta psicoativa mas não estimula a castidade. Não basta uma substância ser de origem vegetal para ser considerada enteogênica.

Chamou-me a atenção o fato de que tanto o Banisteriopsis Rusbyana (D. Cabrerana) quanto o Psilocibe contém grandes quantidades de triptaminas. Portanto, o DMT não parece ser considerado negativo pelo mestre.

O V.M. Huiracocha elogia, além do peyote, o tabaco e os povos tupis. Será que os fanáticos ignorantes irão também dizer que ele não quis escrever o que escreveu?